quarta-feira, 27 de junho de 2012

Relembrando leituras antigas

"Foram se conhecendo um ao outro, cada dia uma nova descoberta. E não apenas conversaram. Juntos, ele correndo pelo chão de verde grama, ela voando pelo azul do céu, vagabundearam por todo o parque, encontraram recantos deliciosos, descobriram novas nuances de cor nas flores, variações na doçura da brisa, e uma alegria que talvez estivesse mais dentro deles que mesmo nas coisas em derredor. Ou bem a alegria estava presente em todas as coisas e eles não a viam antes. Porque - eu vos digo - temos olhos de ver e olhos de não ver, depende do estado do coração de cada um." in O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá de Jorge Amado

Efectivamente, há coisas que parece que só se tornam visíveis, quando o nosso coração está aberto e disponível. Dantes, nada sobressaía, tudo era banal, cinzento se preciso fosse. Depois, quase como de um dia para o outro, o arco-íris surge-nos diante dos olhos, passamos a ver tudo com os tais "olhos de ver" e vemos tudinho, até ao mais ínfimo pormenor. E damos importância ao que dantes era dispensável e pouco importante.

Julgo que não seria má ideia fazermos desses olhos de ver nossos companheiros inseparáveis, pois só assim garantíamos não deixar escapar o que é mais importante na nossa vida.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois... Isso dava jeito mas....

Ás vezes sofremos de cegueira focalizada... :P