quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"... as pessoas tendem a pensar que a felicidade é um golpe de sorte, algo que talvez desça sobre nós como o bom tempo se formos suficientemente afortunados. Mas não é assim que a felicidade funciona. A felicidade é a consequência do esforço pessoal. Lutamos por ela, procuramo-la arduamente, insistimos nela e às vezes até viajamos pelo mundo fora à sua procura. Temos de participar infatigavelmente nas manifestações das nossas próprias bençãos. E quando atingimos um estado de felicidade, nunca devemos descurar a sua manutenção, temos de fazer um esforço supremo para continuar a nadar eternamente na sua direcção, para ficarmos a flutuar sobre ela. Se não o fizermos, o nosso contentamento inato ir-se-á esvaindo."
in "Comer, Orar e Amar"

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Desabafo #1

O raio da conjuntura económica e dos cortes de custos que vão para um sítio que eu cá sei e que não é lá muito bonito. Eu até dizia que sítio é, mas não vou abrir um precedente neste espaço. Vamos manter tudo assim, polite. ;)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Há momentos em que dou por mim a pensar que gostava de saber qual o meu lugar no mundo. Porque há alturas em que sinceramente tenho dúvidas. Tenho dúvidas e não sei para o que estou destinada. É certo que não se pode prever o futuro, mas há aqueles que inevitavelmente sabem o que vão estar a fazer passado uns anos. Se se estuda para se ser médico, acaba-se a ser médico. Eu não sei. Sinceramente, não sei. Não sei o que vou estar a fazer, porque o mais provável é aceitar o que aparecer. E gostava de poder responder quando me perguntassem o que espero estar a fazer daqui a 5 anos, "olhe, não sei, estou na expectativa de saber", sem que isso me prejudicasse. Porque a verdade é que não sei mesmo. É que mais do que não saber o que o futuro me reserva, o que custa mesmo é não saber o que quero fazer com o meu futuro. Não há testes psico-técnicos para isto? Não? Pronto, era só para saber.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Saudades #2

Tenho saudades de ter 3 meses inteirinhos de férias!! Buaaahhhhhh!
Dei por mim há uns tempos a dizer à minha prima mais nova,quando ela acabou os exames da faculdade: "Aproveita agora, porque depois não há 2 meses inteiros de férias para ninguém." Sim, na faculdade já não nos podemos dar ao luxo de ter 3 meses, mas mesmo 2 é uma autêntica relíquia! É caso para dizer: já ninguém tem 2 meses de férias. Estamos a ficar velhos? Não, já foi o nosso tempo, agora as responsabilidades são outras, estamos noutra fase da vida e não sei que mais pardais ao ninho. O cerne da questão aqui é que JÁ NÃO TEMOS 3 MESES DE FÉRIAS! Boa? Então concentrem-se nesta ideia, vá.
Agora temos 22 dias úteis (quando os temos) e já vamos com sorte. Mas como usamos esses dias aos bocadinhos (na ilusão de que assim as férias duram mais tempo, porque olha, ainda tenho 21 dias para gozar, ihhh ainda me faltam 15 dias, epa 9 dias ainda dá para muita coisa, olha, já só tenho 2 diazitos de nada e não há mais férias para ninguém), parece que nunca são verdadeiramente férias. Afinal de contas, vai-se a ver e é quando já estamos perfeitamente relaxadinhos que temos de voltar ao trabalho. Não há direito, pá!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Das BOAS notícias

Para a próxima peço uma má notícia, pode ser que assim me apareça uma boa...
Que raio de dia...

Um dia na vida de uma pessoa tímida

Chegou a altura do tema Timidez. Já aqui tinha dito que era assunto que dava pano para mangas, por isso vamos lá embora, que se faz tarde.
Uma pessoa tímida não tem a vida facilitada, pois que não tem. Situações diversas e variadas e que fujam ao habitual são muito mais difíceis de enfrentar para as pessoas tímidas do que para aquelas que são desinibidas. É verdade, sim senhor.
Falar em público? Ir a entrevistas de emprego? Ser o centro das atenções? Nããããoooo! É caso para fugir a sete pés!
E abominamos ter de ir a algum sítio onde não conhecemos ninguém. Ir a uma festa de anos onde só se conhece o aniversariante? So what? Dirão alguns. Pois que para mim chega a ser um tormento. Hoje em dia isso já não acontece muito, porque as amizades começam a ser comuns e os grupos maiores. Mas toda a gente sabe que a pessoa que faz anos vai estar a dar a sua atenção a todos, como é normal. E depois o que acontece? Ficamos sozinhos. Com cara de pescada cozida, a fingir que nos estão a mandar muitas mensagens às quais temos de responder com urgência, porque são assuntos extremamente importante. Nestas alturas, o telemóvel é o nosso melhor amigo. Amiguinhos, não deixem pessoas tímidas sozinhas no meio de gente que não se conhece, ok? É que depois passamos por atadinhas, por pãozinho-sem-sal, por bicho do mato, sei lá eu que mais. E não é bonito. Eu que até sou uma rapariga de sorriso fácil, não gosto que fiquem a pensar que sou antipática ou anti-social ou anti-qualquer coisa.
Há aquelas pessoas que, apesar de tímidas, conseguem disfarçar. Depois há as outras, como eu, que gostam de ser diferentes e que gostam assim muito que todos os outros se apercebam dessa nossa característica. E como fazer isso? É muito fácil. Basta juntar à timidez uma valente capacidade de... corar. E está feito. Não há combinação melhor, acreditem. E o problema é que, quem sem apercebe disso, ainda faz pior dizendo "olha, estás a ficar vermelha" ou "escusas de ficar vermelha". Nãããooo, a sério?? Eu, vermelha?? Naaa, eu cá não uso disso. Amigos, lamento informar-vos mas, nós notamos. Mesmo. Começarmos a sentir a cara a aquecer não é com certeza devido ao calor que se faz sentir. Por isso, parem lá com isso, que só faz com que a cor tomate na nossa cara aumente a uma rapidez nunca antes vista.
Posto isto, não gosto de ser tímida. Detesto mesmo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Das boas notícias

Todos precisamos de boas notícias e todos gostamos de as receber. É um facto.
Muitas vezes é o suficiente para fazer um dia valer a pena.
Hoje foi um dia não tão bom.
Tinha sido bom ao menos receber uma boa notícia...

sábado, 14 de agosto de 2010

O beijo, segundo Fernando Alvim

"Sou a favor dos beijos com língua. Sou contra os xoxos. Pronto, podem-me prender. Onde é que a esquadra mais próxima? Estão aqui as minhas duas mãos, ficarei na cela que me propuserem. Mas antes disso, deixem que me explique, fazendo de todos os que agora estão a ler isto – e gosto de pensar que são muitos - uma espécie de jurados à americana, como nas séries, como na televisão. De modo que é isto, não gosto de xoxos. Para começar, porque nunca sei como é que se escreve. Depois, porque só a palavra em si, é com boa verdade, chochinha. Quando os chochos chegam a uma relação, algo vai mal. E tenho reparado que são muitos os casais a despedirem-se com um, quando se separam para o emprego. É o clássico, o carro pára, um deles deixa o outro no local do emprego, diz-se até logo e cá está, como diria Gabriel Alves “ ohhhhhh, um xooooxinhhho caro telespectador, aí está uma perfeita leitura de jogo, e aqui o temos, um chocho de grande amplitude técnica! Uma maravilha, um hino aos que beijam por esse Portugal fora!”. Mentira, Gabriel Alves nunca diria uma coisa destas, pois tal como eu, sabe que um chocho nunca pode ter qualquer espécie de amplitude técnica. Quando muito, o chocho é o primeiro passo para o beijo na testa. E isso dava eu à minha avó, que Deus a tenha.
Por isso sou tão contra e só admito o chocho em situações de iminente exposição pública. O caso do carro, não é suficiente exposição. Um homem ao despedir-se da sua mulher, deve no mínimo, dar um pouco da sua língua. E ela também. O amor não pode ser celebrado com um chocho. O amor tem que ter língua. E esta deve ser usada, que é para isso que ela serve.
O problema do amor, é ter deixado a língua cá dentro. De a ter retraído com o passar do tempo. De a ter cativa na sua boca. O amor, esse que nos encosta à parede e nos apressa os compassos cardiovasculares e nos tira a roupa e nos desmancha a cama e nos faz não atender o telefone – porque é que nos ligam sempre a estas horas? – esse amor de que agora falo, que nos faz sentir vontade de chegarmos a casa mais cedo e mandarmos uma sms a dizer que estamos inquietos no trabalho só de pensar que daqui a pouco estaremos juntos – E vamos estar juntos - e telefonar só para ouvir a voz do outro, e mandar uma tosta mista para o emprego dela com um papel a dizer “ Toma, é para ti!” , esse amor ouçam : esse amor, precisa de língua. E por isso mesmo, nunca se poderá celebrar com um chochinho!"

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Do Verão e do calor ou de como se calhar eu é que não sou normal

Estamos no Verão, não é verdade? Pois que dizem que sim. A ver pelo calor que se faz sentir lá fora, é gajo para ser Verão. Ora aí está, calor que se faz sentir LÁ FORA. Está muito calor, que está. É bom que esteja mais fresquinho cá dentro, é. Mas mais fresquinho não é sinónimo de temperatura de tal modo baixa que tenha de usar casaco, pois não?? Bem me parecia. É que assim, uma pessoa passa por vários choques térmicos ao longo do dia. Um por cada vez que se sai à rua, outro por cada vez que se sai da rua aqui para dentro. Ora levamos com um bafo de calor nas trombas que até sabe bem porque verdadeiramente estamos mesmo é com frio; ora levamos com um fresquinho digno quase de uma arca frigorífica (não exageremos, ok, mas é só para que vejam a diferença de temperaturas). Claro que, escusado será dizer, depois não há garganta que aguente. É que normalmente, o que é normal fazer-se, é vestir o casaco quando se sai de algum sítio para a rua e não vesti-lo quando se entra no local de trabalho! É que eu trago o casaco na mão na rua, chego à empresa e visto-o e antes de sair para almoçar, volto a tirá-lo. Mas é isto normal? Senhores que mudam a temperatura do ar condicionado como quem bebe um copo de água: controlem-se e deixem-se estar mas é quietinhos!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Saudade #1

Tenho muitas saudades das minhas férias de pequena/adolescente. Do sítio para onde íamos e das pessoas com quem íamos. Éramos miúdas, eram as férias com os pais. São tempos que não voltam nem que os tentássemos recriar. Mas não havia nada como aqueles dias, naquela praia. Tínhamos que ir bem cedo, porque já se sabe, bastava ir um bocado mais tarde e arriscávamo-nos a já nem ter lugar para pôr as toalhas e os chapéus. 3 chapéus, pelo menos 9 toalhas, fruta, iogurtes, bolachas, muito creme protector. Rituais que se repetiam todos os dias. As mulheres (e nós, raparigas) a fazer a habitual caminhada à beira-mar, os banhos naquela piscina gigante, a maré baixa de manhã e a alta à tarde, com o mar cheio de algas e ondas. A bola de berlim a meio da manhã. As leituras que se punham em dia. Os jogos à beira-mar. Os almoços fora, de sardinhas e pão que ali sabia bem melhor. O dia em que íamos a Huelva e Ayamonte e a Vila Real de Santo António e a Tavira e a Monte Gordo. Os sítios sempre iguais. As pessoas sempre as mesmas de uns anos para os outros. Ainda hoje me lembro da luz da praia de manhã e da da tarde. À tarde o sol já não fazia mal e já não se levava chapéu nem se insistia no protector solar. Tenho a sensação de que não volto a passar tantos dias seguidos de praia como passava nesses anos. E tenho saudades.
Nota-se assim tanto a vontade que tenho de ir à praia?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

As pessoas desiludem-me (nos) com uma facilidade tremenda. Como se não houvesse coisa mais fácil de se fazer. Como se fosse mais fácil isso do que pensar nos outros. Realmente, pensando bem, pensar nos outros e ter por eles alguma consideração, dá muito mais trabalho. Descartá-los e nem dormir sobre o assunto é tão menos trabalhoso. Então agora em tempo de calor e em pleno mês de Agosto, a praia e o sol e as férias são muito mais apelativas. E a consciência fica leve levezinha, tal qual uma pena. De tal maneira que nem se apercebem que o peso que devia estar na sua consciência passa automaticamente para os nossos ombros. Não para a nossa consciência, porque essa está perfeitamente limpa. Demos e fizemos o melhor. Se não é reconhecido, que fazer? Sê-lo-á com certeza noutro lado, mais cedo ou mais tarde. Os ombros, esses sim, é que passam a carregar um peso de mais uma obrigação. E o peso de sentir que se volta à estaca zero. Que se volta a ter que percorrer um caminho que já se fez. Diz-se que Deus escreve certo por linhas tortas ou que há "males" que vêm por bem. A ver. O importante é não desanimar, levantar a cabeça e dar o primeiro passo do caminho já tão meu (nosso) conhecido.

domingo, 1 de agosto de 2010


Ora vamos cá ver: temos calor e temos sol em doses industriais. No entanto, o mais próximo que vou estar de uma praia nos próximos tempos, é quando puser protector solar no braço que vai ao sol quando conduzo. É bom. Já tive férias, não me posso queixar, eu sei! Mas mas... quero praiaaaaa! Quero protector solar no outro braço, quero sentir a areia e o mar nos pés, quero passar o dia na praia, quero gelados ao fim do dia, quero caminhar à beira-mar, quero dias seguidos de tudo isso. Pronto, sonhar não custa. Ao menos isso.