segunda-feira, 31 de maio de 2010

Hoje a caminho de casa vim atrás de uma carrinha com a frase "Se algo pode correr bem, correrá bem".
É mais uma vez o destino. Fez-me sorrir e ter ainda mais esperança. :)

domingo, 30 de maio de 2010

Não devia ser possível as pessoas saírem das nossas vidas e nós da vida delas. Aquelas pessoas verdadeiramente importantes, aquelas que sentimos que nos entendem e percebem tal como somos. E refiro-me tanto a amizades como a amores. Porque se nos damos totalmente, se nos entregamos de corpo e alma, que sentido faz deixarmos de o fazer depois? É quase como quebrar um raciocínio ou um pensamento, depois dificilmente conseguimos dizer o que queríamos da mesma maneira. Porque "cada um que passa na nossa vida passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo". Para mim só faz sentido assim, dar-me totalmente, não esconder bocadinho nenhum de mim, mas claro que não tudo de uma só vez, porque o prazer está em ir descobrindo, ir levantando folha por folha e ver o que está por baixo. Mas no fim, perceber que não ficou a faltar nada. E só faz sentido como um todo, se fizerem o mesmo connosco. Se assim é, porque é que sentimos depois que nos tiraram o tapete debaixo dos pés? Porque é que chegamos à conclusão que é tudo tão frágil como um monte de cartas empilhadas, que custa eternidades a pôr de pé e num segundo apenas vai abaixo? Chego a pensar se realmente vale a pena dar tanto e tudo de mim e abrir o coração e não lhe pôr uma protecção que tornasse tudo mais fácil no fim, qual camada que bastava tirar para termos um coração intocável por baixo. Sem essa capa, as feridas custam mais a cicatrizar, porque toca-lhe directamente. Mas nem sabendo isso consigo cobrir o coração. Nem sabendo isso faço as coisas de outra forma na vez seguinte. É sempre igual, sou sempre eu por inteiro. Embora no fim pense sempre que para a próxima não deixo que seja assim, para a próxima vou munida dos pés à cabeça de protecções, para a próxima penso com a cabeça e só deixo que o coração interfira bem mais tarde. Mas depois nunca é. Nunca. Porque não sou eu dessa maneira.
Nem toda a gente assim é, que não, mas posso continuar a esperar e sonhar e sentir que vou encontrar quem pense e sinta e sonhe como eu.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vou tentar :)

"Live a balanced life - learn some and think some and draw and paint and sing and dance and play and work every day some."
Robert Fulghum

terça-feira, 25 de maio de 2010


Tenho a cabeça a mil a hora. Recheada até ao limite de pensamentos, ideias, planos, conceitos, sonhos (muitos sonhos), músicas e o mais que pode existir. Até ao limite, mas cabe sempre mais alguma coisa, porque o espaço para os sonhos é infinito. E os sonhos que eu tenho... Já para os planos, o espaço é mais limitado, depende do quanto alguém os quer partilhar connosco. E há alturas em que dá vontade de os fazer desaparecer, de lhes passar uma borracha por cima e os substituir por outros, maiores, mais alegres, mais optimistas, e acima de tudo, mais realizáveis. Mas essas alturas também passam rápido, cedo voltam os planos todos, exactamente como os idealizámos.
Dessem-me as palavras todas e as certas para eu escrever e dizer e exprimir tudo o que tenho cá dentro, que nem mil folhas chegavam. Não há palavras suficientes, não há frases onde elas caibam e se encaixem de modo perfeito que não seja preciso dizer mais nada.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

É muito estranho sentir saudades de um sítio onde só se esteve duas ou três vezes? Mas apesar disso, um sítio onde nos sentimos bem, acolhidas e em casa? Isso mesmo, em casa.
Mesmo que seja estranho, a verdade é que sinto. Pelo menos sinto o coração a ficar pequenino, do tamanho que fica quando se tem saudades. E apercebo-me que conheci só uma pequenina parte e que, muito provavelmente, não voltarei lá tão cedo.
É assim, há que viver e saber lidar com as decisões que se tomam na vida. E muito mundo há ainda por conhecer! :)

domingo, 23 de maio de 2010

Nada como uma tosta mista às 2 da manhã na Figueira, porque achámos que as de Coimbra não nos satisfaziam.
E boa que era a tosta mista e a areia fresquinha e as estrelas e as tentativas de fotografias e tudo e tudo e tudo.
As noites inesperadas e não programadas são as melhores, sem dúvida. :)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eh pá, a sério, acabem com trabalho às segundas de manhã e às sextas à tarde, pode ser? É que à segunda de manhã, até que se faça alguma coisa de jeito é um tormento. Olhamos para as horas de 5 em 5 minutos, pronto, vá, de minuto a minuto. Às sextas à tarde já estamos a pensar o que é que estamos ali a fazer, que ah e tal até temos ali trabalho que se nos puséssemos a fazer nem no outro dia de manhã dali saíamos mas para quê começar se a seguir é sábado e segunda está cá tudo outra vez? Percebido?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Do Google Analytics

- "emprego na dori": emprego na dori?? Se a Dori andasse a oferecer emprego, eu era a primeira contemplada!
- "frase para a queima das fitas. que tudo t corra bem": nem sei que dizer desta magnífica frase de pesquisa. E como é que esta frase faz vir aqui parar??
Isto do Facebook é engraçado.
Descobrem-se pessoas que já não víamos há muito tempo e descobre-se que amigos recentes conhecem pessoas que fazem parte da nossa vida desde sempre. Parece que a vida de todas as pessoas se cruza com a vida de todas as pessoas. Este mundo é uma ervilha ou quê?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

"Tu olhas para uma pessoa, uma pessoa que sabes que não é uma pessoa qualquer, porque o teu olhar fixa-se nela e quando ela olha para ti e sente o mesmo que tu, sentes que alguma coisa vai acontecer. Não sabes nada ainda, mas intuis, intuis com os teus sentidos, com o teu corpo e às vezes com o teu coração que aquela pessoa pode ter qualquer coisa para te dar, que não sabes o que é, mas sabes que um dia vais descobrir e que esse dia pode ser nesse momento, e é então que tiras os dados do bolso e os lanças para cima da mesa..."
Margarida Rebelo Pinto

Se fosse assim tão fácil... Se calhar até é mesmo assim fácil, simplesmente ainda não me cruzei com esse olhar. Basta procurá-lo? Não acredito... Acho que o amor implica e significa luta, conquista, demonstrar a cada dia e não tomar nada como garantido. Sobretudo isso. E a partir de agora vai ser assim.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Nada acontece por acaso

Ando a ouvir/ler esta frase demasiadas vezes.
Será mesmo porque nada acontece por acaso? Acho que cada vez mais acredito nisto.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Fazia-me espécie (expressão bonita esta) o facto de haver no edifício onde trabalho uma casa-de-banho (sim, uma casa-de-banho) para as mulheres, em cada piso e três (leram bem, três) para os homens. Onde? Em cada piso. Ou seja, seis casas-de-banho para os homens e duas para as mulheres. Depois lembrei-me que trabalham nesta empresa 200 e tal homens e quantas mulheres, quantas? Se chegarem a 20, podemos fazer uma festa todas juntas. Então se calhar é por isso. Pois.

domingo, 16 de maio de 2010

Ele há pessoas teimosas que só visto. E orgulhosas? Orgulhosas então, ui ui, é vê-las nascer como cogumelos. Só interessa o seu umbiguismo, o seu mundinho e os seus interesses. Pensar nos outros? Naaa, para quê?
É isso e não dar o devido valor aos outros. Como se se esforçassem sem razão nenhuma, do género "não fazes mais do que a tua obrigação". Mas obrigação de quê? De ser obediente, de se sujeitar? É verdade que temos que engolir muitos sapos na vida, mas é triste que assim seja. Se calhar se não se engolissem tantos, havia mais honestidadee produtividade e o país andava para a frente. Ingénua? Eh pá, talvez. Mas ainda assim, gosto de ainda ter a capacidade de acreditar nas pessoas e de achar que até podem ser, lá no fundo, de boa índole.
Mas este mundo é dos espertos, infelizmente. Espertos daqueles que sobem por tudo quanto é lado, não se importando de quem pode estar a tentar subir pela estrada normal. Para quê, realmente? Se há maneiras mais fáceis, porque não aproveitá-las? E mérito, não? E respeito pelos outros, também não? E um bocadinho menos de umbiguismo, pior ainda? Bem me parecia.

sábado, 15 de maio de 2010

Tony Carreira nas noites da Queima das Fitas de Coimbra.

Acho que não preciso de dizer mais nada...
Tenho para mim que vai ser: gritos histéricos dados por meninas/miúdas/mulheres histéricas; t-shirts com a cara do Tony, sorridente até mais não, cheias de coraçõezinhos e frases bonitas que só elas ou ainda a versão que não pode faltar, em que cada t-shirt é uma letra do nome do artista (?) e depois andam juntinhas (isto partindo do princípio que são mulheres), para a palavra andar sempre bem escrita; cartazes com a bela da frase "Tony, faz-me um filho" ou "Tony, casava-me contigo". Às tantas de minha casa até as (os??) vou conseguir ouvir em coro (nããããoooo!!!).
Pronto, vale o objectivo da coisa: todo o dinheiro dos bilhetes vai ser usado para fins solidários. É a Noite Solidária. Felicito a iniciativa. Mas e fazer uma note solidária com outro artista, não?
Não tenho nada contra o senhor, que não tenho. Até que parece ser boa pessoa e tudo e tudo e tudo. Mas é quase como batas fritas e esparguete, não combina pá.
Rita, tu não leste nada disto, tá?? :)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ontem, em pleno horário de trabalho, tivemos uma demonstração de ginástica laboral. Daí ser em pleno horário de trabalho. Pois. Adiante. O objectivo é fazermos uns exercícios de ginástica que ajudem a relaxar e que possam ser feitos mesmo com a roupa do dia-a-dia de trabalho.
Uma vez que era só uma demonstração, lá fomos todos para a recepção do edifício espreguiçar (!!), esticar os braços e as pernas e ver o género de exercícios que quem se inscrever irá fazer. Escusado será dizer que foi uma animação pegada. A sorte é que era um professor (para lá de giro ui ui), porque se fosse uma professora, tendo em conta a percentagem de homens que aqui trabalham, imagino que os exercícios não teriam saído nada coordenados.
Achei óptima a iniciativa! Relaxamos, divertimo-nos, paramos de trabalhar por um bocado e saímos de lá quase revigorados.
Uns tiveram tolerância ontem, outros têm ginástica no trabalho. Cada um tem o que merece, claro.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cantar, dançar, sorrir, rir às gargalhadas, comer gelados e crepes, ler, ir às compras, passear, viajar, pôr a mochila às costas e ir, escrever, ver séries e filmes e cinema, andar a pé, conduzir de vidro aberto, praia e praia e bolas de berlim, sandálias e saias e t-shirts, flores coloridas e sol e calor, noite quentes, amigos, família, abraços e interesses genuínos, música que me apaixona e me deixa feliz, chocolate Nestlé, óculos de sol, fotografias, jantares, almoços e lanches que me preenchem, dormir, encontros e reencontros, vestir o traje e traçar a capa, ser estudante.
Apetecia-me tudo isto ao mesmo tempo? Pode ser? É possível?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Em conversa com uma amiga, falávamos das relações de hoje em dia. Falávamos sobre se vale a pena acreditar ainda nelas.
Ambas com desgostos amorosos na bagagem (quem não os tem?), mas cada uma com a sua opinião e forma de ver as coisas.
Devemos tornar-nos "descrentes" pelo simples facto de vermos à nossa volta relações que não duram? Devemos generalizar e pensar que se não acontece aos outros, porque nos há-de acontecer a nós?
Acho que nem 8 nem 80. As pessoas são diferentes e mais diferentes ainda são as relações. Podem até durar, mas não quer dizer que corram bem. Aliás, parece-me é que mudaram. São completamente diferentes. Será uma das soluções cada um viver a vida de forma independente e depois fazerem algumas coisas a dois? As pessoas cansam-se facilmente uma da outra? Se quanto menos tempo estiverem um com o outro, dá-se mais valor ao que se tem?
A verdade é que conheço casos de namoros que já duravam há anos e que de repente acabam. Conheço casos de namoros que já duram há anos e que se mantêm e se transformaram em casamenos ou viver juntos. Conheço ainda casos de quem, ao fim de relativamente pouco tempo de namoro, juntou as escovas de dentes e depois casou.
Não dá para generalizar. De todo.
Passarmos pela fase de pensar que nunca mais vamos encontrar ninguém é normal (pelo menos para aqueles que dão mais ouvidos ao coração). Mas aos pouquinhos, acho, voltamos a acreditar e a vida volta a surpreender-nos.

É que é impressionante, no espaço de poucos meses a quantidade de relações que conheci e que eram tidas, supostamente, como certas, e que acabaram. Mas o que se passa neste mundo?
"Ou não há ninguém que nos satisfaça ou somos nós que somos muito exigentes". Um bocado dos dois, acho. Mas certo é que o filtro é cada vez mais potente. Há que proteger o nosso coraçãozinho dos estragos que o amor provoca. Quanto mais não seja, o próximo há-de ter uma cola especial que cola os bocadinhos todos na perfeição, como se não houvesse cola mais infalível no mundo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Mas porque é que este senhor escreve tão bem?*

"Esqueci-me de me esquecer de ti"

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer, os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece?
Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saiem de lá. Estúpidas!
É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou de coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa, esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos distrairmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera, acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos, amigos, livros e copos, pagam-se depois em conduídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.
Porque é que é sempre nos momentos em que estamos mais cansados ou mais felizes que sentimos mais falta das pessoas que amamos? O cansaço faz-nos precisar delas. Quando estamos assim, mais ninguém consegue tomar conta de nós. O cansaço é uma coisa que só o amor compreende. A minha mãe. O meu amor.
As pessoas nunca deveriam morrer, nem deixarem de se amar, nem separar-se, nem esquecer-se, mas morrem e deixam e separam-se e esquecem-se. Mas é preciso aceitar, é preciso sofrer, dar murros na mesa, não perceber. E aceitar. Se as pessoas amadas fossem imortais perderíamos o coração.
Há grandeza no sofrimento. Sofrer é respeitar o tamanho que teve um amor. No meio de remoinho de erros que nos resolve as entranhas de raiva, do ressentimento, do rancor, temos de encontrar a raiz daquela paixão, a razão original daquele amor.
As pessoas magoam-se, separam-se, abandonam-se, fazem os maiores disparates com a maior das facilidades. Para esquecê-las, é preciso chocá-las primeiro. Esta é uma verdade tão antiga que espanta. Reparem como ainda temos esperanças de contorná-la.
Para esquecer uma pessoa não há vias rápidas, não há suplentes, não há calmantes, ilhas nas Caraíbas, livros de poesia. Só há lembrança, dor e lentidão, com uns breves intervalos pelo meio para retomar o fôlego.
Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amámos, de nos vingarmos delas, de nos pormos a milhas, de lhe pormos os cornos, mas tudo isso não tem mal. Nem faz bem nenhum. Tudo isto conta como lembrança, tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, embaraçada por ter sido apanhada na via pública, como um bicho preto e feio, um parasita de coração, uma peste, uma barata esperneante: uma saudade de pernas para o ar.
Quando já é tarde para voltar atrás, percebe-se que há esquecimentos tão caros que nunca se podem pagar. Como é que se pode esquecer o que só se consegue lembrar! Aí, está o sofrimento maior de todos. Aí está a maior das felicidades.
[Miguel Esteves Cardoso, Último Volume,1991]
*E acerta sempre em tudo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

5 anos depois


Faz hoje 5 anos que fui no carro da Queima das Fitas. 5 anos!??! Sim, é verdade. E como passou rápido!
Tanta coisa se passou depois disso. No entanto, e por incrível que pareça e porque isso não acontece assim tão facilmente, o espírito do carro mantém-se até hoje. Claro que não entre todos, mas o núcleo duro mantém-se intocável, inseparável e cada dia mais unido. Entretanto houve pessoas que se juntaram a nós (namorados, namoradas e amigos, por alguma razão o nome "13 e amigos"), mas nem assim notamos a diferença. A não ser no aspecto físico que, a ver pelas centenas de fotografias que o comprovam, mudou alguma coisinha.
Ainda hoje, passados estes 5 anos, nos lembramos de tudo como se fosse ontem. Se uns não se lembram de umas coisas, outros lembram e avivam a memória. No fim, acaba sempre por vir tudo ao de cima, com um "Ah pois foi, já me lembro!" seguido de um sorriso e de uma nostalgia que sempre nos acompanha. Foi um ano de preparação, de luta, de gargalhadas, de nos conhecermos uns aos outros, de nos apaixonarmos cada dia mais pelo nosso projecto. Cada dia ele ia ficando mais próximo. Cada coisa servia de pretexto para mais uma reunião de carro. Afinal de contas, era nessas horas de almoço que nos juntávamos e que juntávamos mais algumas ideias à nossa Ideia. Algumas disparatadas (como o Europoscopos ou o Europoscoposia), mas das quais, lá está, ainda hoje nos lembramos. Não faltou nada. Organização, amizade, companheirismo, trabalho de equipa, jogos de cartas enquanto guardávamos o nosso menino, flores e mais flores e mais flores e multas para quem não fez o que devia, tantas flores que até vendemos as sobras, lágrimas por não termos connosco quem também fez e fazia parte de tudo, comida de sobra, desarrumação (foi só isso que falhou! :p), cantar até não poder mais da garganta, parar tudo e ter reunião de carro durante o próprio cortejo (só nós, mesmo), fotografias, muitas e muitas como não podia deixar de ser.
As saudades são muitas.
Há quem não queira participar na Queima desta forma, e respeito quem não quer, mas não entendo. Não entendo, porque sei do que falo, porque o coração ainda se me aperta e as lágrimas ainda vêm aos olhos quando me lembro de tudo e quando chega esta altura do ano, porque há coisas que não se voltam a viver, porque só quem estuda em Coimbra é que sabe do que falo (e mesmo assim, nem todos). Porque o espírito académico não se explica, sente-se.

domingo, 9 de maio de 2010

Primeira Queima à chuva.
Noite encharcada, mas nem por isso menos animada.
Muito bom dançar à chuva tapados com as capas. :)

Queridos Estudantes

Percebo-vos perfeitamente, juro que percebo, que queiram aproveitar esta semana em cheio.
Não se volta a repetir e tal, já se sabe como é. Trocava de lugar com vocês, sem pensar duas vezes, por isso estão a ver como gosto disto tudo.

Mas ora bem, deixem-me ver se vos consigo explicar.
Há quem já não possa ir às noites todas. Quer dizer, poder até pode, mas era capaz de não ter um resultado muito agradável. Portanto, não temos oportunidade de recuperar o sono perdido como vocês. Logo, queremos dormir sem sermos acordados por vocês a cantar logo de manhã, boa?

Muito agradecida, sim?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ora, se em Espanha, mesmo aqui ao lado, quando muda a hora para o horário de Verão, passa a fazer-se um horário contínuo (não sei se é em todo o lado, mas já mais do que uma pessoa me disse que é assim) e sai-se às 3 da tarde (sim! 3 da tarde!), porque não hão-de fazer o mesmo cá em Portugal? Ah e tal, a produtividade e a crise e coiso e mostrar serviço e não sei que mais e é se queres manter o emprego. Mas depois, basta vir o Papa e dão o dia de tolerância! Oi? Desculpa? Aulas e trabalho é mentira. Boa vida é o que se quer. Querem ver o Papa, tirem o dia de férias, que a crise só acalma se o Benfica for campeão! (Infelizmente, mas é verdade. O que vale é que é temporário).

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Que bom que é

Sair mais cedo do trabalho e apanhar trânsito de pára-arranca e demorar meia-hora a chegar a casa.
Ou seja, cheguei à hora do costume.
É sempre bom.

E a Queima começa hoje.
Que saudades...
Factos: disco externo com muuuitos episódios das minhas séries favoritas; episódios ainda não todos vistos; disco externo de repente deixa de funcionar; disco externo é abandonado à sorte e conhecimento (espero eu!) dos senhores que arranjam estas coisas na loja que começa com W e acaba em ORTEN.
Resultado mais do que provável: séries todos para o galheiro.
Está certo. Há dias de sorte.
É isso e apagar sem querer o mail onde eu escrevia as minhas palermices e ele desaparecer sem deixar rasto. A sério, não sei onde ele foi parar. Lá se foram os rascunhos de futuros posts brilhantes. Ou não. Quer dizer, foram mesmo, duvido é que fossem brilhantes.
Nada como começar de novo. Seja no disco externo, na escrita ou no resto.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mudança de look

E para animar o estaminé, nada como uma imagem bem Primaveril. :)
Das duas uma: ou sou eu que ando com cada vez menos paciência a conduzir ou tenho azar e apanho só azelhas à minha frente. É que não há mesmo paciência para andar a 20 à hora quando podia andar bem mais e quando o carro da frente não tem nenhum carro... à frente!! Isto de andar todos os dias de carro tem muito que se lhe diga. Apanha-se cada um na estrada...
E por falar nisso, ontem ia havendo acidente. Comigo, pois claro. Por pouco não me bateram. O gajo não me deve ter visto ao lado dele, toca de passar para a minha faixa. Levou uma apitadela das grandes. Pedir desculpa, que é bom, nada. Ainda levou outra apitadela só por causa da boa-educação. Haja gente bem educada nesta cidade.

domingo, 2 de maio de 2010

Durante o fim-de-semana inteiro os meus (sim, tenho dois) telemóveis tocaram...

... zero vezes!

Mentira, mentira. Acabou de tocar um deles com uma lembrança de aniversário.

Ao menos poupo bateria...
Fim-de-semana no fim e...

dormir, tentar perceber os verbos em espanhol, jantarinho e café do bom, dormir mais ainda, comprinhas das boas e que sabem bem, estudar mais um bocadinho, preparar o começo de uma nova semana e...

... jé segunda-feira. Já?!?!