sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ainda Birmingham

Passou uma semana e eu voltava para Birmingham. A sério. E fazia tudo outra vez. Andava a pé o que andei (andámos), nem menos um metro, porque a viagem não tinha sido a mesma coisa se assim não fosse.
Porque a viagem valeu por tudo, e sobretudo pela companhia e pelo convívio. Porque alicerçamos cada dia que passa, ainda mais, a nossa amizade. E é tão bom!
Tirava era mais fotografias, se fosse agora, apesar das mais de mil que temos.
E é verdade, muito obrigada, Sr. MacDonald por ter acordado naquele dia e ter tido a brilhante ideia de revolucionar o mundo da fast-food. É que não se come nada de jeito naquele país! Quer dizer, pelo menos não tivemos sorte com a comida daquele fim de semana. E quando decidimos ir ao MacDonalds almoçar no último dia, quase que nos soube a um arrozinho de pato!
Mas uma coisa (não só uma!) aquele país tem de bom. Podemos andar o mais desleixados/ridículos que consigamos, que nem assim chegamos aos calcanhares deles. É impressionante. Não há explicação, só vendo ao vivo (que rico pretexto para lá ir, não?). É uma diferença descomunal com o nosso país.
E Londres a seguir? Boa ideia, não? Pois.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Birmingham_Parte 2

Faltou a foto com o Senhor Polícia, com o Táxi e com o Jude Law.
Bem que o procurámos, mas nem vestígio.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Birmingham - um mundo à parte

Birmingham foi:

- aventura na auto-estrada a caminho do Porto
- matar saudades de andar de avião
- andar de comboio até ao centro da cidade
- começar a percorrer os mais de 14 km que fizemos num fim de semana :p
- dizer "No sauce" pela primeira vez no fim de semana
- conhecer o Hostel e os nossos companheiros de quarto, alemães, muito faladores e barulhentos :p
- perder ou não o comboio? Conseguir ou não ir ao mundo do Chocolate Cadbury? Sim! Mas à custa de mais uns km a andar ao passo do Celso
- ver como se faz o maravilhoso chocolate
- voltar a pé para apanhar o comboio de volta
- mais comboio para a terra do Shakespeare
- desilusão num jantar italiano
- ir à rua mais animada da cidade durante a noite: a verdadeira transformação da noite para o dia!
- dançar até não poder mais na discoteca mais variada que já conheci (temos é de dormir bem antes de ir para lá!)
- voltar a pé para o Hostel, a arrastarmo-nos completamente
- dormir bem melhor, sem a participação sonora dos nossos companheiros :p
- andar mais a pé para fazer as compras finais e conhecer mais um bocado da cidade
- andar de Expresso em Inglaterra e apanhar um acidente na auto-estrada
- quase perder o avião de volta (já nos estávamos a ver em Londres!)
- emoção até ao último minuto
- exercício físico até mais não
- centenas de fotografias
- No Sauce e Mind the Gap
- miúdas/mulheres completamente loucas

Uma viagem espectacular e inesquecível!

sábado, 17 de abril de 2010

Faz hoje dois anos que comecei a trabalhar. Um estágio, é certo, mas uma vida completamente diferente daquela a que estava habituada.
Foi uma boa experiência, conheci pessoas que para sempre vão marcar a minha vida e que sei que nunca mais vou esquecer.
Sabe bem trabalhar, que sabe. Sabe bem fazermos alguma coisa de útil e ganhar por isso, nem que seja pouco. Mas também eram tão bons os tempos em que a única responsabilidade era estudar e passar nos exames... O tempo do trabalho havia de chegar um dia, mas faltava sempre muito, ainda tínhamos muito para aproveitar. A verdade é que chega sempre num instante, quase num abrir e fechar de olhos, quase sem darmos por isso.
E já passaram dois anos. Dois anos, e já vou no terceiro estágio. Aliás, num ano apenas acabei o primeiro, esperei, comecei o segundo e interrompi-o para começar este. Um ano chegou para viver tanta coisa, a nível profissional e não só.

E faz hoje dois dias que o meu mundo desabou... O meu mundo. É coisa pouca, comparando com outros "mundos", mas foi o meu que desabou e para mim é só isso que importa. De que é que me vale contar os dias? Nada... Mas o que fazer?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quando se passa do 80 para o 8 é tramado. Sim, é mesmo do 80 para o 8.
Parece que nos tiraram o chão e que o mundo foge debaixo dos nossos pés. Queremos agarrá-lo? Talvez. Mas para quê? É difícil lembrarmo-nos de razões para o agarrarmos e para o pormos novamente no sítio certo, para que tudo volte a fazer sentido.
Não devia estar a escrever isto? Se calhar não. Mas porque não hei-de escrever?
A vida dá-nos mesmo bofetadas certeiras, daquelas que doem de uma forma que pensávamos que não existia.
É assim que aprendemos? Até pode ser, mas voltamos sempre a cometer o mesmo erro, como se nunca tivéssemos passado por situação semelhante.
O que é que se faz quando tudo aquilo que pensávamos que ia ser a nossa vida simplesmente se desmorona?
Já não me lembrava que o coração podia doer assim tanto...
Desculpa, mas tinha que o escrever.

sábado, 10 de abril de 2010

Vontade #2

Voltar a Sintra e estar como lá estive.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Acho que estou a "morrer lentamente"

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."
Pablo Neruda