sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Há uma linha que separa..."

Aquela sensação de que estamos a mais, de que estamos a impor a nossa presença, de que estarmos ali ou não, é a mesma coisa.
Como saber distinguir essa linha?
Como fazer com que nos queiram ali sem ser, aparentemente, forçado por nós?
Como saber até onde ir, sem roçar o exagero?
Confesso que tenho alguma dificuldade em distinguir essa linha. Muitas vezes só dou por ela quando a sinto, quando ma "esfregam" na cara. E mesmo aí, é-me difícil recuar. A tendência é continuar, mesmo quando é óbvio que ultrapassá-la, muito provavelmente, não traz nada de bom.
Mas e saber?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Relembrando leituras antigas

"Foram se conhecendo um ao outro, cada dia uma nova descoberta. E não apenas conversaram. Juntos, ele correndo pelo chão de verde grama, ela voando pelo azul do céu, vagabundearam por todo o parque, encontraram recantos deliciosos, descobriram novas nuances de cor nas flores, variações na doçura da brisa, e uma alegria que talvez estivesse mais dentro deles que mesmo nas coisas em derredor. Ou bem a alegria estava presente em todas as coisas e eles não a viam antes. Porque - eu vos digo - temos olhos de ver e olhos de não ver, depende do estado do coração de cada um." in O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá de Jorge Amado

Efectivamente, há coisas que parece que só se tornam visíveis, quando o nosso coração está aberto e disponível. Dantes, nada sobressaía, tudo era banal, cinzento se preciso fosse. Depois, quase como de um dia para o outro, o arco-íris surge-nos diante dos olhos, passamos a ver tudo com os tais "olhos de ver" e vemos tudinho, até ao mais ínfimo pormenor. E damos importância ao que dantes era dispensável e pouco importante.

Julgo que não seria má ideia fazermos desses olhos de ver nossos companheiros inseparáveis, pois só assim garantíamos não deixar escapar o que é mais importante na nossa vida.

sexta-feira, 22 de junho de 2012


Sempre ouvi dizer que vale mais arrependermo-nos de termos feito alguma coisa, do que de não a fazermos.
Também já ouvi a teoria de que, se algo/alguém nos fez passar bons momentos a dada altura da nossa vida, então devemos recordar isso/essa pessoa com um sorriso na cara e não com rancor ou tristeza.
Reconheço que é uma teoria com alguma lógica, mas que é difícil de levar a cabo, isso é.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ando a reparar que, muitas vezes, rio sem razão nenhuma. Falam para mim e eu respondo a rir. E depois perguntam de que é que me estou a rir e eu respondo que não é por razão nenhuma.
E o pior é quando me rio e me estão a falar de algum assunto sério.
Eu devo ter algum problema, só pode.