segunda-feira, 20 de abril de 2009

Escrever

Desde pequena que gosto de escrever.

Escrevia quadras que não significavam nada (algumas eram mesmo ridículas), mas o que interessava é que rimavam no fim; adorava aqueles "textos livres" que tínhamos que escrever na escola, sobre o que nos apetecesse (daí o serem livres, pois...) e que, na maioria das vezes, eram sobre a Primavera, ou sobre o que gostamos de fazer nos tempos livres, ou sobre as nossas férias de Verão ou o que gostávamos de ser quando fossemos grandes.
Dava largas à imaginação e, no fim, gostava de ler em voz alta aquilo que tinha escrito.

Ainda hoje adoro escrever.
Já não escrevo aquelas quadras, acho mesmo que já nem tinha capacidade para as fazer rimar.
Mas escrevo mesmo assim. O que me vai na alma, quase sempre. Sobre coisas que vejo, sinto, penso, leio durante o dia e que me inspiram logo ali, que me fazem querer ter logo onde escrever, para não esquecer nenhuma ideia, nem nenhuma frase ou palavra, porque depois, a mesma frase com outra palavra já não vai ter o mesmo sentido.
A maioria das vezes, as ideias fluem assim, como agora, em que simplesmente quis escrever sobre escrever e parece que as palavras saem da ponta dos dedos directamente para as teclas do computador. Depois há outra alturas em que quero escrever e as palavras parecem presas e não há maneira de se mostrarem.

Além do mais, gosto de ler tudo o que me inspire a escrever. Deixa-me a vontade de escrever igual. Seja uma simples frase, um poema, um texto, um artigo de opinião, um livro inteiro, quase sempre. Sublinho as frases que me inspiram essa vontade ou que simplesmente me chamaram a atenção por reflectirem exactamente o que sinto no momento em que as leio.

Escrever ajuda-me a descontrair, a expressar muitas vezes aquilo que não diria de outra maneira, por isso, procuro as palavras todas que me ajudem a fazê-lo, para que não fique nada por dizer. Há mesmo coisas que só se dizem por escrito, quanto mais não seja porque parece que faladas não têm o mesmo significado, nem ficam registadas da mesma maneira. Dão para ler e reler novamente, sempre que se quiser. Num dia significam uma coisa, noutro significam outra completamente diferente (até mesmo oposta), dependendo do estado de espírito com que se lê. E é também disso que gosto, do que sinto quando leio determinadas coisas e de como fico diferente depois de as ler.

1 comentário:

Anónimo disse...

so uma coisita... ESCREVE RAPARIGA... eu gosto de ler o q escreves e de certeza q mt gente tb... :)