Hoje o meu amigo António faz anos e, como o prometido é devido, transcrevo aqui o poema de Fernando Pessoa do seu dia :)
Deliciem-se:
"Meto-me para dentro, e fecho a janela.
Trazem o candeeiro e dão as boas-noites,
E a minha voz contente dá as boas-noites.
Oxalá a minha vida seja sempre isto:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como se acabasse o mundo,
A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, nem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida correr por mim como um rio por seu leito,
E lá fora um grande silêncio como um deus que dorme."
Fernando Pessoa (Alberto Caeiro), Ficções do Interlúdio
Por acaso coincidiu ser o do dia de anos dele, mas é desde logo um dos poemas de que mais gosto deste Poemário :) as ideias simples de Alberto Caeiro dizem tudo.
2 comentários:
Primeiro parabens ao Sergito... :)mais um poema fantastico.... inda bem pq o sergito merece... beijinhos e bigada por mais um momento de cultura fantastico...
Muito obrigado dorizita.
um poema bastante bonito.....
sim mais um ano, mas que venham muitos mais....
finalmente comentei no teu blog...lol
bjs
Antonio
Enviar um comentário